Entre as espécies mais produzidas no Paraná, está a tilápia ; em 2022, o Paraná produziu 34% de toda a produção nacional
A Unidade 12 da Via Rural 2023 faz a integração entre o Instituto de Desenvolvimento do Paraná (IDR-PR), estudantes do curso de Zootecnia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e empresas da área. O objetivo é apresentar aos visitantes da ExpoLondrina novidades nos campos da aquicultura e da piscicultura. A aquicultura faz referência à criação de diversas espécies aquáticas, como peixes, camarões e rãs. Já a piscicultura remete exclusivamente à criação de peixes.
No espaço, são apresentadas alternativas para a criação de peixes que aliam sustentabilidade, tecnologia e produtividade. São opções para quem já está no ramo da aquicultura ou para quem quer começar. Um dos projetos expostos utiliza a recirculação da água presente nos tanques. A partir de filtros biológicos, é possível que a mesma água seja tratada e retorne ao sistema.
Também é apresentado na unidade o aplicativo “Vendo meu Peixe”. Lançado pelo IDR-PR, o aplicativo aproxima os piscicultores dos compradores de peixes, facilitando o comércio da produção. A zootecnista do IDR-PR Rosilene Buss Gonçalves explica que o Paraná é destaque na produção de peixes. “Existem projetos já prontos e também outros que estão saindo agora e ganhando corpo. É uma área que está crescendo muito no estado.”
O “carro-chefe” da piscicultura é a tilápia. A espécie de origem africana tem grande demanda comercial no Brasil, por conta do sabor e valor nutritivo. Em 2022, o Paraná produziu 187 mil toneladas de tilápia, o que representa 34% de toda a produção nacional. A tilápia é uma boa fonte de renda para produtores, mas o nome parece não ter apelo comercial em restaurantes. Conforme a revista Exame “o cardápio de muitos restaurantes [a tilápia] aparece com o nome de Saint Pierre ou Saint Peter”.
André Ludwig, estagiário de Jornalismo, com a supervisão do professor Reinaldo Zanardi.