A unidade expõe várias espécies de plantas que podem ser úteis no cotidiano da população; o uso das plantas para fins terapêutico depende de conhecimento
Coordenado pela engenheira agrônoma do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná), Marli Candalaft Parra Peres, a Unidade 20 da Via Vural 2023, na Expolondrina, apresenta variedades de plantas que são conhecidas, principalmente, por suas propriedades medicinais. Técnicos presentes no espaço ensinam como usar as plantas.
Um exemplo é a Lemongrass, a popular capim-limão, uma planta que tem propriedades analgésicas, sendo eficaz contra a dor, tem ação hipotensora e é possível ter em casa, já que cresce facilmente. Guaco é outra planta possível de se cultivar no quintal, muito conhecida por ajudar a expectorar gripes. Há também plantas que mesclam entre nativas, como a espinheira santa, e exóticas, como a lavanda.
“O objetivo, portanto, é mostrar para as pessoas que a gente tem recursos com possibilidades terapêuticas. Estudos científicos mostram a eficácia e que podem ser acessíveis se a pessoa tiver e souber como usar”, afirma o pesquisador do IDR Paulo Guilherme Ribeiro. Contudo, ele alerta que algumas plantas podem não suprir os efeitos de um medicamento.
A planta conhecida como penicilina, por exemplo, foi popularmente nomeada por ter uso semelhante ao antibiótico. “Para infecções, cortes e lesões de pele, o uso externo, ela tem um boa eficácia quando misturada a um solvente alcoólico", já quando usado como chá, não surte o efeito que surtiria uma injeção de penicilina”, afirma Ribeiro. “Então é preciso critério. Se a população não tem o conhecimento técnico para fazer o uso, precisa de um profissional que tenha o conhecimento científico e possa indicar.”
Thiego Bitencourt, estagiário de Jornalismo, com supervisão do professor Reinaldo Zanardi.