Com atividades recreativas, unidade apresenta toxinas presentes nos alimentos

Espaço tem a proposta de promover conhecimentos sobre saúde animal e humana; trabalho é desenvolvido na Unidade 22 da Via Rural

Voltado para ramo da pecuária de corte, a Unidade 22 da Via Rural 2023 está com três mesas explicativas compostas por profissionais e estudantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL), em parceria com Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná). Um dos temas trabalhados é sobre as micotoxinas nos alimentos, que são substâncias químicas tóxicas produzidas por fungos. A atividade é coordenada pela professora da área Anatomia Patológica Veterinária (UEL), Ana Paula Bracarense. 


O médico veterinário e estudante de mestrado em Medicina Veterinária pela UEL João Vítor Xavier  mostra os alimentos com a presença de fungo. Segundo ele, não basta retirar a parte estragada que está visível, porque o fungo tem “raízes” que não são vistas a olho nu. “Mesmo por agentes químicos ou com altas temperaturas é difícil sua degradação.”



Xavier também explica a presença de toxinas em alguns alimentos comuns aos humanos, mas que podem prejudicar os animais. “Alguns desses alimentos não têm uma origem tóxica. Uma toxina conhecida ocorre na uva e no abacate.” 


No preparo da comida também são adicionados temperos que são prejudiciais aos animais. “Cebola e alho acabam sendo bem comuns por conta da intoxicação crônica de animais que entram em contato várias vezes com comidas com esse preparo.”


Além disso, medicamentos também costumam ser utilizados em animais sem as precauções necessárias e podem causar fortes reações nos bichos. O médico veterinário comenta que o paracetamol, diclofenaco, butox e amitraz são os casos mais frequentes das intoxicações.


Outra mesa conta com uma “pescaria” de doenças parasitárias para que as crianças possam interagir e aprender formas de prevenção. O projeto é coordenado pelo professor de Parasitologia Veterinária João Luís Garcia.



O Programa de Educação Tutorial (PET/UEL) de Zootecnia também está presente no estande voltado para interações com as crianças. Por meios de jogos educativos, como jogo da velha e jogo de perguntas, os estudantes universitários explicam a cadeia produtiva da carne. O projeto é orientado pela professora Ana Maria Bridi.


Thiego Bitencourt, estagiário de Jornalismo, com supervisão do professor Reinaldo Zanardi.