Espaço explica a origem da matéria prima e a mantém viva história de Londrina; Museu Histórico expõe objetos antigos relacionados à produção do grão
O que é um café com qualidade? A resposta está na Unidade 2 da Via Rural, na ExpoLondrina 2023. Além de contar com uma exposição do Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss, o espaço exibe ao público a coleção de cafés que o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-Paraná) já desenvolveu e explica o que é preciso levar em consideração para consumir um café com melhor qualidade.
O engenheiro agrônomo e coordenador da unidade, Romeu Gair, explica que a qualidade do café tem variações, conforme o grau da torra (média, tradicional e torrado). Além disso, é considerado o processo de colheita do grão. Na colheita com a seleção dos grãos, os considerados defeituosos passam por uma torra mais forte para “esconder” as imperfeições.
As melhores colheitas são direcionadas à exportação, enquanto que o mercado interno geralmente é abastecido por um café misturado. Para encontrar um café mais saboroso e com menos misturas, uma possibilidade é buscar pelos tipos arábica ou de torra média, deixando de lado os extra fortes - que são mais torrados.
Gair afirma ainda que a unidade visa atingir um público amplo, desde o rural ao urbano. "Produtores vão ter interesse na questão técnica da produção do café: podas, tratos culturais. Qualquer dúvida que ele tiver pode tirar aqui conosco’, disse.“Já o público urbano vai ter oportunidade de vivenciar, de forma didática, esse momento, onde consegue ver o pé de café, o fruto na árvore, a semente verde, torrada e depois moída."
Museu do Café
Buscando manter viva a história do café do Norte do Paraná, atrás do espaço da plantação cafeeira, exposto pelo IDR, há um acervo do Museu Histórico de Londrina,vinculado à Universidade Estadual de Londrina (UEL). Daniele Caroline Antunes, mestre em História Social e estagiária do museu, explica que o acervo exposto no local reflete a história do país e mostra, por exemplo, como era o trabalho do cafeicultor no passado.
"A gente trouxe do museu alguns objetos que fazem parte do cultivo, da plantação e da produção do café. Temos peneiras, rastelo, fotografias da época do café, principalmente da divulgação das terras para chegar compradores, para começar o plantio”, comenta Daniele Antunes.
Thiego Bitencourt, estagiário de Jornalismo, com supervisão do professor Reinaldo Zanardi.