Encontro discute estratégias para a produção de café

Renovação da lavoura e associação de produtores são medidas para aumentar a produtividade do grão; estado quer aumentar de 27 para 40 sacas por hectare

Fernanda Tavela


Estado quer aumentar a produção de café de 27 para 40 sacas por hectare. Foto: Fernanda Tavela.

A cafeicultora Nilsa Teodoro participou do 27º Encontro Estadual do Café. Ela é de São Jerônimo da Serra e cultiva café há 30 anos. Para ela, o evento é uma oportunidade para buscar conhecimento sobre tecnologias para aperfeiçoar sua produção. Além de Nilsa, outros 380 participantes se inscreveram no evento.

O Paraná já foi considerado campeão mundial na produção cafeeira. Na última década, o estado perdeu quase metade dos seus produtores, passando de primeiro a sexto no ranking de produção nacional. Atualmente a cafeicultura rende, em média, 27 sacas de café por hectare. A meta é que, nos próximos anos, a produção estadual atinja a média de 40 sacas.

A renovação das lavouras é o grande desafio para a produção de café no estado. A prática consiste em fazer o replantio das mudas de café, sendo indicada para recuperar lavouras com baixa produtividade e introduzir a mecanização. A resistência vem, normalmente, dos pequenos produtores, que apresentam dificuldades na autonomia da sua produção.

Chegar a um resultado positivo é uma questão de organização. A opinião é do engenheiro agrônomo do Emater, Cilésio Abel Demoner, coordenador do encontro. “O pequeno produtor tem que pensar como se fosse um grande produtor. Só tem uma saída: se unir. Aí sim, eles vão ter condições de comprar máquinas e equipamentos”, aponta Cilésio.

Nesta edição, o encontro teve como tema a “Plataforma Global do Café”, com palestra de Pedro Ronca, engenheiro agrônomo da P&A Marketing. O evento integra a programação da Via Rural Fazendinha, realizado pelo Governo do Estado do Paraná e Sociedade Rural do Paraná, por meio da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Assistência Rural (Emater) e Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).